domingo, 31 de outubro de 2010

hoje eu sou sobre mim...



hoje eu quero que a viagem não termine. que eu não encontre o meu destino.
quero ficar à meu dispor, no meu tempo, e refletindo sobre a minha busca;
a minha busca que eu nem sei ainda para o que é. eu to sendo feliz, to me encontrando em mim.
me conhecendo, me curtindo. me melhorando.
gosto de observar a paisagem, o sol se pondo no meu horizonte.
no meu horizonte o sol vai sempre estar, se pondo ou nascendo, sempre em movimento.

e eu me movendo pra acompanhar esse gostoso calor, do nosso sol.

oriunda do sol.



da onde vem a criatividade? da inspiração, que o sol permite encontrar. 
do lume de luz que trazemos de nós durante uma prática.
da pele pra dentro ela nasce.
e nesse mar de inspiração eu com certeza me encontro.

Christopher McCandless


A felicidade só é real quando é compartilhada. 

Filme Na Natureza Selvagem.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

coisas de táxi.


É sempre igual. A gente abre a porta, entra, diz o destino pra ele e pronto. E fica curtindo o movimento, fazendo qualquer coisa. Até que começa a conversa. Agora sim, é diferente. E quando isso acontece, eu fico tri interessada, esperando para ouvir o que ele me diz. Esperando ele puxar o papo, contar alguma experiência interessante, comentar alguma notícia, qualquer coisa. É tão bom quando a corrida é um pouco mais longa e o assunto se desenvolve, fica mais sólido e normalmente se dirige pra um lado pessoal. Eu adoro ouvir as pessoas me contando das suas vidas, eles dos filhos, das mães, das esposas. Das crianças que eu nunca vi, só imagino. Formo-as na minha mente conforme ele narra a aventura.

Esses dias teve algo especial, eu indo pro outro lado da cidade, ouvi ele que me contava do filho mais velho. O primogênito, a primeira das alegrias maiores. Estava emocionado, contava empolgadíssimo sobre a novidade. O primeiro emprego, do primeiro filho. O primeiro salário e a primeira escolha. Ele dera o dinheiro pra mãe, por agradecimento. Claro que essas histórias a gente ouve raramente. Mas ao entrar no taxi, parece uma senha pra uma nova história, para um novo momento. Eu fico muito feliz quando isso acontece, assim percebo mais a graça que as pessoas têm o poder do brasileiro de fazer comover, com a própria emoção. É... tô esperando taxímetro marcar o número de histórias que eles tem pra me contar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

contentamento.



hoje eu tô assim, querendo e sentindo, e querendo sentir.
tô muito feliz com algumas descobertas recem chegadas. provando ainda os bons efeitos da gente que vive nessa onda de bons sentimentos, querendo o bem pra todo mundo e feliz com a gente mesmo. queimando de felicidade. porque felicidade não é um sentimento frio, sem graça; quando ela chega, vem contudo. tudo mesmo. por isso, a sensação de ser completo. de ser realmente feliz. alegria em estar de bem consigo mesmo, e ver que só assim a gente atinge com plenitude os objetivos, da melhor forma, sempre. nem sempre total bem, mas bem mais bem do que mal. rsss. assim que é bom. assim que eu vou, vivendo.

domingo, 24 de outubro de 2010

tudo a ver.


MEDO DE SE APAIXONAR
Fabrício Carpinejar

Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.


Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza.


 Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz.


Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você.


Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida.


Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.

did you smile today?


vivendo o lado da positividade. pensando no lado bom. vivendo muito melhor.

sábado, 23 de outubro de 2010

pelo céu, assim...

sonhar e mais sonhar. como eu ando fazendo isso. ando fazendo um monte de coisas enquanto penso em nada também. como eu gosto de poder fazer isso. dar um tempo na rotina e viajar. 
é importantíssimo a gente falar: "e se...?" e se eu pintasse meu cabelo de roxo e saísse por aí vestindo nada? e se eu me entregasse nesse novo projeto? nessa minha escolha? nos teus braços...?
o que poderia acontecer? o que eu poderia querer à mais? eu quereria essa minha linda liberdade e nada mais. eu adoraria ter essa nova opção no catálogo de escolhas. mas e o que um realizador precisa? de sonhos, primeiramente. e depois de uma ação que concretize sua mentalização. não é? 
uma pessoa pode voar com seus pensamentos, a altura é a escolha de cada um. o quão alto quer estar, o que quer mentalizar e realizar e a força desse pensamento, é sua responsabilidade. eu estou subindo. cada vez mais. por coisas boas e do bem. e quando eu paro de sonhar, às vezes tenho que embarcar num pára-quedas pra chegar pra pôr os pés no chão. o bom é ir observando tudo de longe, e até mesmo só contemplar. contemplar o amor que achamos no que fazemos, o amor que devemos achar... e por hora, passa a ser só isso mesmo. amor?

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ôô primaaa!


ela vinha vindo e chegou. ah... a primavera. pra mim chegou só hoje. só hoje eu notei ela de verdade, e a data passou a ser só mais um número, pro momento que na verdade é sempre hoje.
como as coisas mudam quando chega a sua vez de acontecer. principalmente as pessoas. me notei muito observadora hoje, muito atenta, olhando paisagens do meu cotidiano, e vendo, realmente, detalhes que eu não via. e depois eu fiquei pensando como ela é bonita, deixa as coisas mais vivas, coloridas e cheirosas! rsss. e não foi só eu. as pessoas ganham um cenário diferente para atuar, mais vitalidade. e tem a outra coisa maravilhosa também, o clima de verão começa à dar as caras.
enfim, aquele perfume da flor me faz lembrar gente boa.

domingo, 17 de outubro de 2010

necessidades para agora.


precisando. precisando me encontrar, precisando me adorar como antes. principalmente precisando acertar, quando faço aquilo que eu acho certo. precisando mudar de dia, de hora. precisando olhar de fora esse momento, que acontece num lugar que eu não sei aonde é. só sei que não é bem agora, não é o meu agora. e onde está o meu agora? acho que perdi ele, enquanto me achava em você. como recuperá-lo? não sei. são tantas descobertas, e aquela boa e velha que eu conheço, quer ir atrás descobrir, e quando volta, onde estava mesmo eu ? AH. 
quando eu me achar, eu volto.

antes de tudo,


é preciso reavaliar. tudo que lhe deixa uma ponta de dúvida se vale a pena arriscar.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

... e como eu vi corações.



andei por aí. nos caminhos meus, nos olhos teus. andei viajando no presente, fazendo escolhas contentes e mostrando pra mim mesma que existe a mudança. e que existiu a esperança. andei vendo cores mais vivas, pessoas transformando-se e o mundo seguiu me encantando. vivendo mais o lado de dentro, as emoções. vivendo a opção por inteiro, que no momento é nós dois. e nós dois hoje é só momento.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

I'm liking it.

conhecimento

é reconhecer. Aristóteles.

veio só por vir.

o amor tem que ser leve, acontecer naturalmente, sem pressa e ao mesmo tempo sem pudor. tem que valer a pena acontecer, só pra ser ele mesmo, sem razões. o amor não vem visando nada, ele é a visão que a gente quer ter. é único, providencial para os que sentem com toda potência e vontade. ele tem que vir sem intenção de ser passagem, momento. pode acontecer de preferirmos ir, sem querer, e levar uma parte dele, só por não ter permitido que ele viesse.

o amor é só isso. a razão pra querer viver.