terça-feira, 28 de junho de 2011

stuff


Existem coisas da gente que serão da gente pra sempre. Um cheiro, um vaso, um livro, uma jóia, um sorriso... 

E há coisas que a gente pensa serem nossas pra eternidade. Um quadro, uma casa, um lar, alguma situação, aquela sensação... Acreditamos verdadeiramente que o mundo vai acabar, fecharemos as portas da nossa casa e deitaremos no leito para adormecer. Então, derrepente esse pertence é retirado de nós pela vida. Por um acontecimento devastador que vêm e rouba da gente aquilo de mais precioso, arranca dos braços aquilo que era carregado de afeto. Terminou? Vertigem. Tudo caí e a gente vai junto quase completamente. 
A vida adora aprontar umas dessas pra nós, gosta de preparar percalços esperando que a gente tropece e com o tombo aprenda alguma lição, acredito eu, e leve a lição junto pra nossa nova casa, e construa de novo um lar , dessa vez mais resistente... E espera que se a casa cair, o que foi de precioso não termine junto. E sim, continue com a gente sem o estado físico, mas sim em penumbra, em sentimento único, em lembrança.

sábado, 25 de junho de 2011

saudades do sol

Viva Maria!

Filmado em 1965, no México, o filme francês conta com ar de comédia a história de duas mulheres chamadas Maria que tem seus caminhos unidos. Durante suas aventuras com o circo, acidentalmente elas conhecem um líder revolucionário socialista e as duas acabam se tornando líderes de uma revolução contra o ditador local, a igreja e o capitalismo.

 
Engraçado, cheio de clichês e viagens absurdas, o filme mostra a graça cheia de força das mulheres. Faz delas os mocinhos, as heroínas, e desfaz o estereótipo de  mulher sexo frágil.  Adorei...


sexta-feira, 24 de junho de 2011

here to be




 A felicidade só acontece no presente
Quando estamos pensando no passado, ou nos preocupando com o futuro, não existe meio para isso. 


Experimente a felicidade mais por aqui.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

enxerguei você


Os olhos são o meio dos homens para ver o mundo.

E o mundo pode vê-los pela mesma janela.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tempo É Ternura


Um caro amore trouxe pra eu ler na manhã de ontem... Achei incrível. Vale a pena ler e refletir um pouquinho. Está na íntrega, sem tirar nenhum pensamento.

Viver tem sido adiantar o serviço do dia seguinte. No domingo, já estamos na segunda, na terça já estamos na quarta e sempre um dia a mais do dia que deveríamos viver. Pelo excesso de antecedência, vamos morrer um mês antes.

Está na hora de encarar a folha branca da agenda e não escrever. O costume é marcar o compromisso e depois adiar, que não deixa de ser uma maneira de ainda cumpri-lo.

Tempo é ternura.

Perder tempo é a maior demonstração de afeto. A maior gentileza. Sair daquele aproveitamento máximo de tarefas. Ler um livro para o filho pequeno dormir. Arrumar as gavetas da escrivaninha de sua mulher quando poderia estar fazendo suas coisas. Consertar os aparelhos da cozinha, trocar as pilhas do controle remoto. Preparar um assado de 40 minutos. Usar pratos desnecessários, não economizar esforço, não simplificar, não poupar trabalho, desperdiçar simpatia.

Levar uma manhã para alinhar os quadros, uma tarde para passar um paninho nas capas dos livros e lembrar as obras que você ainda não leu. Experimentar roupas antigas e não colocar nenhuma fora. Produzir sentido da absoluta falta de lógica.

Tempo é ternura.

O tempo sempre foi algoz dos relacionamentos. Convencionou-se explicar que a paixão é biológica, dura apenas dois anos e o resto da convivência é comodismo.

Não é verdade, amor não é intensidade que se extravia na duração.

Somente descobriremos a intensidade se permitirmos durar. Se existe disponibilidade para errar e repetir. Quem repete o erro logo se apaixonará pelo defeito mais do que pelo acerto e buscará acertar o erro mais do que confirmar o acerto. Pois errar duas vezes é talento, acertar uma vez é sorte.

Acima da obsessão de controlar a rotina e os próximos passos, improvisar para permanecer ao lado da esposa. Interromper o que precisamos para despertar novas necessidades.

Intensidade é paciência, é capricho, é não abandonar algo porque não funcionou. É começar a cuidar justamente porque não funcionou.

Casais há mais de três décadas juntos perderam tempo. Criaram mais chances do que os demais. Superaram preconceitos. Perdoaram medos. Dobraram o orgulho ao longo das brigas. Dormiram antes de tomar uma decisão.

Cederam o que tinham de mais precioso: a chance de outras vidas. Dar uma vida a alguém será sempre maior do que qualquer vida imaginada.
Fabrício Carpinejar

terça-feira, 14 de junho de 2011

e as vontades...

Vontade de morar num lugar onde o sol aquece meu corpo, onde eu posso ver o céu. Onde eu possa quase sentir as nuvens cheirando a chuva que chega à tardinha. Vontade de morar numa casinha na praia, ter um quintal bem lindinho e colher morangos a hora qu e eu quiser. Vontade de assar marshmallows no fogo da lareira. Vontade de ir dormir tarde, acordar tarde e almoçar de tarde. Sei lá... essas vontades gostosas de sentir.

Defenda o pró e evite o contra.

domingo, 12 de junho de 2011

minha melhor versão


Acho que me torno o melhor de mim em alguns momentos específicos. Não sei, hoje eu achei que o responsável foi o vento, o sol. Com certeza os amigos e o carinho também fizeram a sua parte. Minha melhor versão hoje é sorridente. E é simplicidade, riqueza de detalhes e de cores. Pra alguns a vida é poema, para outros artistas é história. A minha versão da vida hoje é o presente, o som do violão no meio do parcão. Talvez a minha melhor versão seja sempre hoje. Seja sempre eu presente aqui. Porque a felicidade não pode acontecer se você esta lembrando do passado, nem preocupado com o futuro. Só da pra ser feliz na versão aqui.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

conversê íntimo


- Pode me dizer o que vê quando olha nos meus olhos?
- Eu me vejo.
- Exatamente. É bem isso...

(no drama)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

me surpreendi


Uma noite com a Alice, lareira e frases do livro Dorian Gray, de Oscar Wilde. Algumas tão interessantes que nos fizeram refletir e nos identificar muito... Engraçado como algumas coisas não mudam, permanecem de geração após geração para que vivenciemo-as, sem exceções.

"As paixões obrigam nosso pensamento a caminhar em circulo vicioso."

"Eu nunca aprovo e nem desaprovo coisa alguma. Seria assumir uma atitude absurda para com a vida. Não fomos mandados para apregoar os nossos preconceitos morais."

"Quando estamos felizes, somos sempre bons. Mas, quando somos bons, nem sempre estamos felizes."

"Para ser popular, é necessário ser medíocre."

"A nossa vida é narrada não como a vivemos, isto é, em atos e acontecimentos, mas como a criamos em nossa imaginação, como a experimentamos no cérebro e em nossas paixões."
A realidade acontece muito mais no nosso interior, a verdadeira vida acontece dentro de nós.

E a melhor da noite: Os amigos são a família que Deus nos permitiu escolher. 
William Shakespeare

domingo, 5 de junho de 2011

the biggest


O maior problema do Mundo 
é que os ignorantes 
têm muitas certezas, 
e os inteligentes 
muitas dúvidas.

Betrand Russel
   

sexta-feira, 3 de junho de 2011

flores nos cabelos


Ele adora dar flores pra ela. 
Ela adora recebê-las e pôr nos cabelos.

A flor adora ser a caixa
onde ele põem o carinho 
que quer dar pra ela. 

Ela fica feliz em poder levar 
o carinho pra cá e pra lá e 
ainda cheirar a perfume de rosa.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tem cheiro de gente que não sai da gente.

Pequenos momentos.

Senta eu na cadeira do dentista à espera do Doutor. 
O ar condicionado está ligado, mas não faz barulho. Tem gente rindo e conversando alto na sala ao lado, mas isso também não atrapalha. Quase deitada, eu fico em silêncio, e aprecio a serenidade da espera. Ao final dos dois minutos iniciais, eu começo a olhar e observar a sala de paredes brancas e granito acinzentado, já menos calma. À minha esquerda vejo uma caixa preta cheia de elásticos coloridos para aparelho. Lembro da minha sensação quando era menor, sentada ali, metade curiosa e entusiasmada com a próxima cor de borrachinha, e metade assustada com o Doutor que tinha cheiro café preto e falas altas. Mas estava tudo bem, eu queria dentes bonitos. A minha visão daquela sala quando mais nova a fazia maior. Eu era tão pequena para aquela cadeira, mal encostava a cabeça no encosto. A nostalgia se aprofundava quando ele chegou, não deu tempo de trocar a roxa  borrachinha pela rosa que ele veio para me atender. Como é gostoso relembrar pequenas coisas que faziam parte da minha vida...